Você sabia que, no Brasil, mais de um terço do Produto Interno Bruto (PIB) é destinado aos impostos? Isso revela a carga tributária altíssima com a qual os brasileiros têm que lidar, considerando que, em 2022, o nosso PIB fechou em R$9,9 trilhões!
Além disso, o nosso sistema tributário é um dos mais complexos do mundo. De acordo com o Instituto Brasileiro de Planejamento e Tributação (IBPT), o Brasil cria, em média, 46 novas normas tributárias por dia útil.
Tendo isso em vista, a Confederação Nacional da Indústria (CNI) e o Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae) criaram um mapa da carga tributária em relação ao faturamento das pessoas jurídicas nos 26 estados e no Distrito Federal. Confira!

Ranking das regiões por carga tributária
Sul
De cara, conseguimos ver que o sul do Brasil é a região com a melhor carga tributária do país, já que os impostos do Paraná (4,7%), Rio Grande do Sul (5,32%) e Santa Catarina (5,6%) aparecem entre os estados com as menores taxas de impostos.
Sudeste
Em seguida, o sudeste aparece com a segunda menor média, graças às baixas taxas no Rio de Janeiro (5,3%) e Espírito Santo (5,72%). São Paulo e Minas Gerais destoam de seus vizinhos, com 7,32% e 6,38%, respectivamente.
Centro-Oeste
No meio da lista encontramos o centro-oeste, que estaria melhor se não fosse pelos 8,62% do Mato Grosso do Sul. Goiás (5,48%) tem a terceira menor alíquota do país. O Distrito Federal (6,30%) e o Mato Grosso (6,32%) completam a região.
Norte
O norte tem a segunda carga tributária mais pesada do país, com os altos números do Amapá (7,84%), Acre (7,55%), Amazonas (7,20%), Roraima (7,10%) e Tocantins (6,55%). Rondônia e o Pará se diferenciam dos seus vizinhos pelas alíquotas mais baixas, com 6,05% e 5,73%.
Nordeste
Por fim, o nordeste vem no topo da lista como a região que paga mais impostos, com a Bahia (8,10%) tendo a segunda maior alíquota do país. Piauí (7,55%), Alagoas (7,39%), Ceará (7,17%), Rio Grande do Norte (6,99%), Paraíba (6,86%), Pernambuco (6,81%), Sergipe (6,44%) e Maranhão (6,16%) fecham a região.
Por que alguns estados cobram mais impostos do que outros?
Essa diferença entre a carga tributária de cada estado se deve, principalmente, ao Imposto sobre a Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS), que é como uma taxa que as empresas pagam sempre que compram ou vendem coisas.
Esse tributo é cobrado sempre que mercadorias circulam, e cada estado tem taxas e regras próprias, com o objetivo de atrair mais investimentos. Essa taxa varia de 17% a 20% conforme o estado.
Confira a tabela do ICMS pra entender como a tributação varia de acordo com a origem e o destino das mercadorias:

Mato Grosso do Sul: por que tantos impostos?
O MS é o pior estado quando o assunto é tributos devido ao estabelecimento do Regime de Estimativa por Operação Simplificada, que gera o ICMS baseado em uma carga tributária média. Assim, existe uma única alíquota para cada CNAE, e todas as empresas pagam essa alíquota.
Paraná: a melhor carga tributária do Brasil
Por outro lado, o Paraná tem a alíquota tão baixa porque oferece isenção do ICMS pra empresas que faturam até R$ 540 mil em 12 meses, além da redução da alíquota pras que possuem receita bruta de até R $3,6 milhões.
Ranking dos estados
Confira o ranking dos estados em ordem decrescente:
Estado | Carga tributária |
Mato Grosso do Sul | 8,62% |
Bahia | 8,10% |
Amapá | 7,84% |
Acre | 7,55% |
Piauí | 7,55% |
Alagoas | 7,39% |
São Paulo | 7,32% |
Amazonas | 7,20% |
Ceará | 7,17% |
Roraima | 7,10% |
Rio Grande do Norte | 6,99% |
Paraíba | 6,86% |
Tocantins | 6,55% |
Sergipe | 6,44% |
Minas Gerais | 6,38% |
Mato Grosso | 6,32% |
Distrito Federal | 6,30% |
Maranhão | 6,16% |
Pernambuco | 6,10% |
Rondônia | 6,05% |
Pará | 5,73% |
Espírito Santo | 5,72% |
Santa Catarina | 5,60% |
Goiás | 5,48% |
Rio Grande do Sul | 5,32% |
Rio de Janeiro | 5,30% |
Paraná | 4,70% |
Conclusão
Como você pode ver, entender os impostos é muito importante pra qualquer empresário, especialmente os autônomos, que não têm a ajuda de um contador nessa hora! Isso impacta diretamente no seu planejamento financeiro e até mesmo nas suas atividades profissionais!
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