Vida de autônomo

Dá pra manter o financeiro da sua microempresa em dia sem dor de cabeça.

Organização financeira também é assunto pra quem é MEI. Afinal, não adianta se preocupar só com o faturamento e não saber administrar os recursos.  É aquela velha história: dinheiro entrando e saindo sem nenhum controle, é dinheiro perdido. 

Um estudo do Sebrae sobre gestão financeira do MEI fala que 48% dos microempreendedores individuais não fazem previsão de gastos pros próximos meses e que 39% não registram todas as receitas pra efetuar o controle das entradas de recursos.

E a gente imagina que ninguém, por aqui, tá a fim de fazer parte dessa porcentagem e nem quer perder seu tão suado dinheirinho depois de tanto batalhar, né? Por isso, saber como manter as finanças da sua microempresa em dia, sem se perder, também faz parte do seu trabalho. 

Portanto, bora descobrir em cinco dicas como ter boa organização financeira pra ir em busca do sucesso do seu negócio. 

1. Organização financeira na rotina

Não adianta pensar nas contas da sua empresa só no fim do mês, na hora de fazer aquele balanço geral, pois muita coisa pode acabar se perdendo. Além disso, acumular esse tipo de tarefa pode deixar uma sensação desestimulante que não é nada legal, né?

Pra evitar que isso aconteça, reserve um período diário pra dar uma passadinha nas atividades que envolvem organização financeira da sua MEI. 

Registrar o movimento financeiro diário é a forma mais indicada de ficar com tudo em dia e ainda controlar melhor entradas e saídas. E mesmo que você ache exagero, a dica é: anote tudo! Tudo que você paga ou recebe, não importa se é em forma de produto ou serviço, conta. Então, fique ligado! 

2. Cada conta em seu lugar

Pode parecer algo super normal pra algumas pessoas misturar as finanças pessoais com a da empresa. Inclusive, mesmo sabendo que não pode, tem gente que ignora essa regra e, claro, as consequências disso não são boas. 

Dessa forma, não misture os orçamentos da pessoa física com a sua pessoa jurídica. Tenha em mente que mesmo sendo seu próprio patrão, não dá pra sair pegando dinheiro do caixa, ok? 

Pra isso defina quanto será o seu pró-labore – seu salário como dono da empresa – e fixe uma data pra receber. Assim, você se controla sabendo exatamente quando e quanto ganha por mês, sem dar aquela velha desculpa de “é só um adiantamento” ou “depois eu devolvo pro caixa”. 

Aproveite e abra também contas diferentes no banco pra não cair em tentação. E saiba que o lucro da empresa é pra investir nela e não pra usar como bônus no fim do mês. Tenha disciplina pra ter sucesso e prosperar junto com a sua empresa, ok? 

3. Fluxo de caixa em ação

Não basta não misturar as despesas pessoais com as profissionais, é preciso também ter na manga um plano de contas. Isto é, um meio pra organizar todos os pagamentos (compras à vista, a prazo, pagamentos de duplicatas, pagamento de despesas e outros pagamentos) e recebimentos (vendas à vista, a prazo, recebimento de duplicatas, entre outros). 

Ou seja, tenha um fluxo de caixa. Essa ferramenta de planejamento e controle financeiro pode ser feita à mão, em planilhas eletrônicas ou até em programas. Com o fluxo em dia, você consegue verificar e até projetar o saldo disponível pra capital de giro ou investimentos.

Escolha o melhor formato que fizer mais sentido pro seu negócio. O importante é ter um bem organizado. 

4. Faça sua declaração anual do MEI

 Além de fazer seu Imposto de Renda como pessoa física, não se esqueça de manter em dia a sua declaração como pessoa jurídica. A Declaração Anual do MEI (DASN-SIMEI) deve ser feita todo ano, até 31 de maio, pra informar pra Receita Federal o total da sua renda bruta no ano anterior. 

Ou seja, tudo que você recebeu com a venda de produtos ou prestação de serviços, com a emissão de nota fiscal ou não 

Pra facilitar sua vida na hora de prestar contas, tenha sempre o Relatório Mensal de Receitas Brutas, referente a cada mês atualizado. Assim, quando chegar a hora de fazer a sua declaração é só somar os valores pra facilitar. Vale lembrar que se total anual passar de R$ 144 mil, a empresa deixa de ser MEI, ok? 

5. Vá em busca da informação

Dar o primeiro passo em busca da organização financeira da sua empresa MEI pode parecer confuso – o que é super normal. Mas não adianta usar isso como desculpa pra não começar, hein!

Então, se tudo ainda for meio complicado ou se você quer aprender mais pra dar um passo além, procure cursos sobre o assunto que podem te ajudar. 

Por exemplo, dá pra começar com cursos, tipo: Gestão financeira e negócios para Autônomos, MEI e ME, na Udemy ou o Fluxo de caixa: microempreendedor individual no Sebrae. Os dois são de graça, online e dá pra começar já. É só querer, viu! 

Com essas cinco dicas dá pra deixar a organização financeira da sua MEI super em dia. Partiu, colocar em prática?